“Os humilhados serão exaltados, ouvira certa vez. Era nessa promessa de acolhimento e recompensa divina que Claudia se agarrava. Era na garantia de um Deus bom e generoso com suas sofridas ovelhas, que ela continuava vivendo. Mas Deus não poderia olhá-la com um pouco mais de carinho?”
Atormentada pela tragédia, há muitos anos ela se vê desamparada no vilarejo em que vive, agarrando-se ao divino como único alento à sua dor. Salva por Samuel, uma entidade cuja origem não vem bem de onde ela espera, Claudia recebe a chance de finalmente ter seus desejos atendidos, com uma única condição: as almas de Morgenstern.
A princípio, ela parece ter alcançado seu desejo, até dar-se conta de que nem todas as almas puderam ser recolhidas, fazendo daquela busca apenas o começo.