Nos bastidores da alma, o pecado floresce – e cada pétala pode cortar.
Em Os sete pecados dos cravos, Phierre Rinco conduz o leitor por sete histórias onde o cotidiano se distorce, revelando o grotesco, o poético e o cruel. Um violinista humilhado transforma sua fúria em música mortal. Uma secretária pública vê seu corpo crescer junto com a própria soberba até esmagar tudo ao redor. Uma menina devora a voz da amiga como quem se alimenta de um banquete raro. Marcas de luxúria se espalham pela pele e pela moral. Um duende troca o ouro da floresta pela promessa virtual de poder e perde tudo. A inveja corre debaixo da chuva dourada do sucesso. A preguiça deixa o amor apodrecer na varanda, ao lado de um pé de alecrim.
Rinco escreve com precisão cruel e lirismo afiado, criando histórias que mesclam realismo e surrealismo, delicadeza e brutalidade. Cada conto é um espinho, e cada espinho, um lembrete de que o pecado não é apenas um tropeço moral, é uma força viva, capaz de germinar no coração de qualquer um.




