Por mais que todo brasileiro conheça as histórias oficiais do descobrimento do nosso país, poucas pessoas sabem que em 22 de abril de 1500 a chegada da frota de Pedro Álvares Cabral não incomodou somente aos indígenas.
Os livros de história nos contam que a armada era composta por três caravelas e dez naus, mas e se eu lhes disser que havia uma quarta caravela, e que ela se perdeu da frota e foi encontrada somente quinze dias depois? Em seu interior, somente os mortos. Corpos para todos os lados, em um cenário de luta e devastação.
Os médicos da armada constataram que a maioria das vítimas apresentavam mordidas pelo corpo, mas o animal que as mordera não arrancara pedaços, como uma fera teria feito para se alimentar. Então o que seria aquela estranha criatura que havia matado quase todos os homens daquela caravela?
Ah, sim. “Quase” todos os homens, pois alguns estavam desaparecidos. Teriam fugido para o mar ou para a mata próxima ao perceberem que não tinham chances de vencer tal criatura? Ou teriam apenas se afogado?
O restante da frota estava amedrontada, mas nada poderia fazer, então apenas prosseguia seu rumo até o território de Ilha de Vera Cruz. Alguns dias depois, porém, os desaparecidos retornaram entre europeus e ameríndios, trazendo consigo uma implacável sede de sangue.