“Pérolas brasileiras: almanaque das melhores frases e diálogos do cinema nacional” é uma obra inédita que abrange uma produção cinematográfica que vai de 1931 até 2021.
A compilação das frases sob a ótica de Mariza Gualano deságua em uma leitura deliciosa, capaz de agradar tanto aos cinéfilos quanto aos que vasculham filmes atrás daquela fala interessante capaz de divertir, emocionar ou refletir.
São mais de 1.600 citações que levarão o leitor a uma viagem pelos grandes personagens e histórias do imaginário nacional.
O mergulho profundo da autora na riqueza e diversidade do nosso cinema permite que a extensa antologia entregue também um panorama abrangente do universo fílmico brasileiro.
Ao ler uma fala ou um colóquio que chame a atenção e desperte curiosidade pode levar o leitor a querer ver ou rever aquele título. E nada melhor do que resgatar, discutir e colocar nossos filmes na roda.
AMANTE
— E amante é o quê?
— É parecido com esposa. Só não precisa cozinhar.
CAMILA PITANGA, uma índia, e SELTON MELLO, navegante português esclarecendo os costumes dos brancos, em CARAMURU, A INVENÇÃO DO BRASIL (2000), dir: Guel Arraes.
AMOR
— Amor é o efeito colateral do sexo.
SUZANA SALDANHA em SEPARAÇÕES (2001), dir: Domingos Oliveira.
ARTISTA
— Quem precisa de arte é o público. Artista precisa de dinheiro.
ZÉ TRINDADE em UM TREM PARA AS ESTRELAS (1987), dir: Carlos Diegues.
BRASIL
— Tudo que é exclusivamente nacional é motivo de orgulho: futebol, café, mulata, injustiça social, crianças mendigas nas ruas, coisas típicas do Brasil.
CECIL THIRÉ em CRONICAMENTE INVIÁVEL (2000), dir: Sérgio Bianchi.
CARNAVAL
— Três dias num só espaço de alegria e cansaço é uma dose insuportável de liberdade para desafogar as velhas mágoas.
PAULO CÉSAR PEREIO em A LIRA DO DELÍRIO (1973/8), dir: Walter Lima Jr.
CASAMENTO
— É como um comercial que fica no ar muito tempo. Por melhor que ele seja, o público cansa.
PEDRO CARDOSO para DÉBORA BLOCH em VEJA ESTA CANÇÃO (1994), dir: Carlos Diegues.
E muitas outras pérolas…