No dia 19 de setembro de 2018, a literatura de cordel foi reconhecida pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, em reunião ocorrida na sede da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, que foi fundada em 1988, no Rio de Janeiro, e contou com a presença de representantes da mesma e do Ministério da Cultura.
Popular no Norte e Nordeste do Brasil, a literatura de cordel se espalhou por todo país, por causa do processo de migração populacional. Em Pernambuco, o gênero tem destaque em festivais com o Museu do Cordel Olegário Fernandes, em Caruaru. Em 2005, foi criada a Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC), que tem por objetivo valorizar os poetas do passado e incentivar os futuros cordelistas.
Apesar de sua popularização no Brasil, a literatura de cordel teve início com o romanceiro luso-holandês da Idade Contemporânea e do Renascimento. Os poetas portugueses tinham por hábito comercializar seus poemas em folhetos pendurados em cordões, que lá eram chamados de cordéis. Foram os portugueses que trouxeram o cordel para o Brasil desde o princípio da colonização. Na segunda metade do século XIX, foram feitas as primeiras impressões de folhetos brasileiros, com características próprias do nosso povo, com temas que incluem fatos do cotidiano, episódios históricos, política, lendas locais, histórias religiosas e entre outros.
Tradicional em todo o país, os cordéis são populares em feiras, bancas de jornal e em pequenas vendas, entretanto, são raros os livros que podem ser encontrados em livrarias. Essa obra é uma iniciativa para ampliar ainda mais a disponibilidade da literatura de cordel no país, contando com vários cordéis de autores diferentes.
Abaixo a lista de cordéis que participam desta antologia:
A chegada de lampião nas bodegas
A educação do futuro
A força de um cordel
A ganância dos homens contra a natureza
A inacreditável história do milho gigante
A lagoa da feiticeira 2
A lenda da Pedrona
A menina que sonhava ter uma vida melhor
A menina que queria criar um jumento
A moça e o marinheiro
A mulher é movida pela fé
A mulher e o medo de barata (pega a chinela e mata!)
A origem da mulher
A paixão da minha vida
A prefeitura e o prefeito
A seca e os campos de concentração no Ceará
A sereia do rio Guriú
A Tragédia em Brumadinho
Adília e o vaga-lume
Assédio sexual no transporte coletivo
Belchior chegando ao céu
Caminhos da gestação
Cordel para acordar
Desfaçatez corruptamente descabida
Ele não
História de uma professora
História do gigante
José Teles de Carvalho: o pai da educação de Brejo Santo
Lucas e a lua
Luiz Gonzaga canta e encanta
Mãe sem filho
Meu querido Florestan
Maria Guerreira (A sertaneja)
Nas grades da injustiça
Nina
O anjo que enfeitou a testa do Diabo
O beato José Lourenço e o caldeirão da Santa Cruz do Deserto
O burro sabido
O coronel valentão
O delegado e o ladrão mascarado
O dia em que a poesia invadiu o carnaval
O Encontro do Lobisomem Americano com o seu primo Capelobo
O homem que encantou os girassóis
O menino
O poeta e a poesia
O político do Brasil
O segredo do baú
O sonho de Maria
Onde foi parar o amor
Os sertões
Por trás da história
Quando a morte recusou Pedro Malasartes
Quem dera
Redes sociais
Resistência nula
Simplório Simplício da simplicidade simples
Tempos de criança
Tragédia em Santa Teresa
Um cordel para o pinguço
Um encontro do outro mundo
Uma breve história de Urano, Cronos e Zeus
Vaqueiro Severino e o boi chifrudo
Violência contra a mulher e a lei Maria da Penha
Zé Cachaça e Cachacinha: Uma briga de bar