Em vigor entre os séculos XIII e XIX, o Tribunal do Santo Ofício, popularmente conhecido como Inquisição, foi uma instituição judicial da Igreja Católica que tinha por objetivo combater a heresia, a blasfêmia, as supostas práticas de bruxaria e os diversos hábitos considerados desviantes da fé cristã.
Durante o período de sua atividade, inúmeras pessoas consideradas “hereges” pelas autoridades católicas foram perseguidas, processadas, humilhadas, torturadas e, inclusive, condenadas à morte através de maneiras extremamente cruéis, como o garrote ou a fogueira.
A lista de atos considerados “crimes” pelos membros do Santo Ofício era extensa: a prática do judaísmo, do protestantismo e de outras religiões pagãs; a união homoafetiva; a valorização da ciência; o conhecimento de certas plantas medicinais; tudo poderia se tornar uma infração grave à fé e passível de condenação.
A obra traz histórias de personagens históricos ou fictícios que, de alguma forma, tiveram suas vidas afetadas (ou dizimadas) pelas atitudes bárbaras e insanas do Tribunal do Santo Ofício, motivadas pelo fanatismo cego e irracional, além de uma profunda intolerância às liberdades individuais e de outros interesses obscuros por parte das autoridades cristãs.